• 14 Junho, 2016 às 9:33

    40 entidades públicas e privadas assinaram acordo para mobilizar comunidades no combate aos comportamentos de risco dos jovens na noite.

     

    O objetivo do projeto passa por implementar estratégias para diminuir os fatores de risco na diversão noturna que não se fiquem pela prevenção. A declaração “noite saudável das cidades do Centro de Portugal” foi assinada nesta quinta-feira por 40 entidades e resulta do Fórum Noites Saudáveis das Cidades, realizado no início de Maio, em Coimbra.

    O público apresentado como alvo desta iniciativa é transversal. Vai desde as famílias, passando pela comunidade escolar e pelos profissionais “potenciais interfaces nas respostas aos problemas”, ou seja, agentes da autoridade ou profissionais de saúde.

    Apesar de reconhecer que o divertimento dos jovens desempenha “um papel importante na vida das cidades”, o documento aponta para uma relação entre estes “contextos recreativos” e a “rutura de hábitos de vida saudáveis”, estando estes associados a “uma multiplicidade de fatores de risco”. Assim, os componentes que merecem maior atenção desta iniciativa são a violência interpessoal, a adição de substâncias e a sinistralidade rodoviária.

    O diretor do serviço Psiquiatria e Saúde Mental do CHUC, António Reis Marques, sublinhou a importância de criar “condições de proximidade”. “Um hospital, mesmo com a grande dimensão do CHUC, pode ir para o terreno e aproximar-se das pessoas e dos seus problemas”, destacou o responsável pelo serviço que impulsionou o projeto na assinatura pública da declaração.

    Ana Abrunhosa lembra que “o objetivo não é impedir ou criticar a diversão noturna dos jovens”, mas sim “fornecer-lhes competências para que possam fazer escolhas conscientes”. Os empresários do ramo são também uma preocupação, por isso é contemplado no projeto a atribuição de “selos de qualidade” às empresas que façam esforços e tomem medidas para controlar os fatores de risco.

    A criação de roteiros de “noite saudável e segura”, o apoio a projetos de prevenção na rua e a criação de um observatório para os fatores de risco são outras das medidas previstas nesta declaração.

    Fonte: https://www.publico.pt/