Efeitos Imediatos
Os efeitos da heroína não são iguais no início do consumo e depois de gerada a dependência. O consumo inicial resultará numa intensa sensação de prazer e euforia mas, dado o elevado potencial de dependência da substância, o indivíduo vê-se obrigado a consumir para evitar o estado de carência. O opiáceo torna-se num poderoso reforço de seu próprio consumo.
A heroína atua sobre o Sistema Nervoso Central podendo provocar: analgesia (efeito analgésico); sonolência; euforia; sensação de tranquilidade e diminuição do sentimento de desconfiança; contração das pupilas; náuseas; vómitos; depressão da respiração (causa de morte por overdose); desaparecimento do reflexo da tosse.

O aparecimento do VIH, e a sua emergência devastadora entre os consumidores, explica a tendência atual para fumar ou aspirar o vapor libertado pelo aquecimento da substância.
Preparar a injeção de heroína transformou-se num ritual:
- Numa colher coloca-se o pó, mistura-se com água e umas gotas de sumo de limão e coloca-se sobre uma fonte de calor para facilitar a dissolução.
- Sobre a mistura põe-se um pedaço de algodão ou o filtro de cigarro, para assim filtrar as impurezas, antes de introduzir a solução na seringa.
O processo de fumar, ou inalar os vapores libertados, torna-se mais fácil e rápido se se puser a heroína num papel de estanho sobre uma fonte de calor.
Heroína misturada com cocaína ("speedball") intensifica e prolonga os efeitos de ambos os produtos.


Efeitos em consumidores crónicos: euforia, depressão respiratória, analgesia, sedação, vómitos, alterações hormonais, diminuição da libido, insónia, transpiração.
Os opiáceos, devido aos seus potentes efeitos eufóricos e à intensidade da sintomatologia de abstinência, geram um alto grau de dependência.
